Presidente do sindicato defende que servidores pagaram do próprio bolso por capacitação em outros Estados
A declaração do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, de que a gestão do governador Mauro Mendes promoveu melhora no sistema prisional mato-grossense pegou mal com a categoria dos policiais penais do estado. A informação é da direção do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário de Mato Grosso (Sindspen-MT), depois da declaração do desembargador durante a visita da ministra do STF Rosa Weber na PCE na última segunda-feira (25.07).
O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário de Mato Grosso (Sindspen-MT), Amaury Neves, reconhece a atuação do governo do estado, mas pondera que a atuação dos policiais penais dentro e no entorno das unidades foi fundamental para evolução nas condições dentro dos presídios.
Amaury lembra que quando as unidades prisionais foram entregues plenamente para serem administradas, exclusivamente por policiais penais e servidores do sistema penitenciário em 2013, a realidade era completamente diferente da atual.
“Quando se fala dos avanços e da evolução das unidades prisionais pouco se fala de quem está lá no front, na ponta, lidando com os problemas e situações adversas diariamente. É claro que o investimento em tecnologia, equipamentos e aparelhos feito pelo governo contribuiu para isso, mas não fosse o empenho e dedicação dos policiais penais, o cenário provavelmente não estaria como hoje”, explicou.
O secretário geral do Sindspen-MT, Lucivaldo Vieira de Sousa, relembra que os policiais penais precisaram tirar dinheiro do próprio bolso para investir em sua própria capacitação.
“Nós tivemos que ir atrás de treinamento até mesmo em outros estados da federação. Pagamos do próprio bolso e contamos com o apoio do sindicato para fazermos cursos operacionais, aprender as melhores técnicas de combate, e de como manter a ordem e disciplina dentro das unidades”, ponderou.
Lucivaldo ressalta que os investimentos realizados pela atual gestão elevaram o nível das unidades, mas que nem todos os governos tiveram a mesma atenção com sistema prisional e seus servidores. “Gestões passadas ignoraram o sistema penitenciário, não tínhamos equipamentos adequados e a estrutura era precária, ainda sim realizamos um bom trabalho nas unidades, hoje a realidade é outra graças aos investimentos e ao empenho dos policiais penais”, pontuou.