Diretor do sindicato da categoria aponta efetivo insuficiente e relata situação caótica na unidade
O policial penal e diretor do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), Silvio Rodrigues Filho, lotado no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, localizado no Bairro Capão Grande, em Várzea Grande, afirma que a situação no local é delicada e aponta que a unidade deveria ser interditada. Segundo ele, o baixo efetivo e a estrutura do local não são adequadas para os procedimentos de uma unidade prisional.
“O Ahmenon não tem capacidade operacional e estrutural para estar funcionando, o baixo efetivo e a falta de condições de trabalho tem sobrecarregado os servidores, o que tem afetado a saúde física e mental dos policiais penais lotados na unidade”, afirma Silvio Rodrigues Filho.
Ainda segundo relatos, a situação piorou após os presos do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) e do Centro de Custódia da Capital (CCC) serem transferidos para o Complexo Penitenciário no início de janeiro. Na ação foram transferidos 469 presos no total, sendo condenados 339 e 130 provisórios. No total são aproximadamente 1.150 reeducandos na unidade prisional.
“Nesta quarta-feira (19) eram somente cinco ou seis policiais para movimentar os mais de 400 reeducandos que trabalham fora da unidade. Essa situação é extremamente delicada, e que pode ocasionar uma situação caótica”, explica.
Silvio finaliza convocando os policiais penais para participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que ocorre na próxima segunda-feira (24), na Penitenciária Central do Estado (PCE), a partir das 14h00. Uma das pautas na assembleia será a suspensão do pagamento do adicional insalubridade.