A última semana do mês de março foi uma verdadeira corrida contra o relógio para os servidores da Segurança Pública de Mato Grosso. A mensagem 62, enviada pelo Governo do Estado que tratava sobre reajuste salarial pegou os servidores da polícia penal, do socioeducativo e do Detran de surpresa, pois não foram ouvidas sobre o conteúdo da proposta. Com prazo extremamente apertado para a aprovação de qualquer matéria com impacto salarial dentro do permitido por lei, e com a viagem do chefe do executivo, ficou quase impossível conseguir qualquer alteração, e a mensagem foi aprovada da forma que chegou ao legislativo.
Além do reajuste salarial, que contemplou os policiais penais iniciantes com um aumento de cerca de 25% e chegou aos mais antigos com um reajuste de aproximadamente 5%, a categoria também receberá auxílio alimentação e auxílio fardamento, aprovados pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). “A proposta aprovada estava longe do ideal e não concedeu a devida valorização dessa classe de trabalhadores, muito menos dos servidores mais antigos que investiram muito para subirem de classe. Hoje o polícia penal que se qualificou e gastou dinheiro do próprio bolso para se preparar melhor e estabelecer ordem, disciplina e segurança dentro das unidades penais não foi reconhecido da forma que merecem”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindespen-MT), Amaury Neves.
De acordo com Neves, estes servidores que estão próximos da aposentadoria passaram por situações de estresse e desgaste ao longo dos anos na profissão, e provavelmente já custeiam remédios para manter sua saúde e mereciam um percentual de reajuste melhor. Aliás, no que diz respeito aos interesses dos policiais penais, o que ficou claro e evidente foi o empenho do Sindispen-MT, e dos policiais penais que compareceram em massa no plenário da ALMT em busca de uma melhora na proposta, com objetivo de contemplar de forma justa e igualitária todas as classes dos policiais penais, algo que infelizmente não foi possível neste momento.
Com o apoio do deputado estadual, João Batista foi possível viabilizar ainda a criação de uma comissão especial de parlamentares para tentar negociar com o governo a alteração de alguns pontos da mensagem, com objetivo de atender melhor a demanda de cada categoria, por conta do curto prazo, não foi possível alterar a proposta. “Foi uma semana intensa, de muita luta e que como sempre, com muita dificuldade para conseguirmos avanços na nossa profissão, subimos mais um degrau, e não iremos parar por aqui, os policiais penais merecem ser valorizados e reconhecidos e vamos continuar nossa luta para que isso ocorra”, finalizou Amaury Neves.