Mês da Mulher Seminário orienta policiais penais sobre o perigo do assédio moral no ambiente de trabalho

postado em: Notícias | 0

Foi realizado nesta sexta-feira (18.03), no auditório Licínio Monteiro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o 1° Seminário Conexão Mulher: Conquistas e Desafios, organizado pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT). Em consonância com o mês da mulher foram discutidas demandas e reivindicações referentes ao cotidiano das policias penais, como manutenção da saúde mental, dupla jornada, sororidade entre servidoras e, principalmente, o assédio moral no ambiente de trabalho.  

A programação começou às 9h e a primeira palestra teve como tema “Empoderamento e ascensão da mulher na segurança pública“, conduzida pela delegada Dra. Juliana Chiquito Palhares, que após ser aprovada em concurso público deixou seu estado natal, São Paulo, para trabalhar em Mato Grosso. Em seguida, as policias penais Maria José Gonçalves e Edineia da Costa destacaram o déficit de policiais mulheres em unidades especiais da polícia – respectivamente GIR e SOE, representadas por elas.  

Já a Dra. Naila Cristina Souza, psicóloga e psicanalista, ressaltou a importância do acompanhamento psicológico – direito garantido por lei aos profissionais – para a categoria, na palestra “Qualidade de vida e saúde mental: enfrentamento à hostilidade da profissão, independência e autonomia emocional“. Em complemento à parte emocional a assistente social, Dra. Silvia Tomaz falou sobre “Empatia e sororidade entre mulheres“.   

A primeira parte do evento foi encerrada com as palestrantes Katucha Ferreira de Arruda e Herminia Dantas Brito, que deram dicas de como identificar e coibir o assédio moral no dia a dia dos presídios. “Ignorar a presença da pessoa perante os demais, pedir trabalhos com urgência sem necessidade, com estrangulamento de tempo, fazer críticas em público, excluir de reuniões, fazer circular boatos maldosos sobre a vítima, insinuar que o colaborador tem problemas mentais, transferência de setor para isolá-lo, abuso de poder diretivo. Tudo isso é assédio moral”, aponta Katucha Ferreira.  

Representante da corregedoria da SESP-MT, Herminia Dantas, orientou às servidoras sobre os caminhos na hora de denunciar: “Quando o problema não for com o superior imediato, a orientação é falar diretamente com ele. Caso seja, busque alguém numa posição acima. Não resolveu? Busque a corregedoria”, finalizou.