Assessoria/ Sindspen
O Sindicato dos Servidores Penitenciários parabeniza a atitude do secretário Adjunto de Administração Penitenciária, Emanoel Alves Flores por apresentar um estudo de viabilidade ao secretário de Estado e Segurança Pública, Alexandre Bustamante que realize a nomeação imediata de pelo menos 500 aprovados no concurso público, edital n°01/2016/Sejudh com o intuito de atender as demandas das unidades penitenciárias de Mato Grosso.
A nomeação desses profissionais é uma demanda na qual o Sindspen tem cobrado do Estado, porém nesse período de pandemia e isolamento social a convocação não atenderá a necessidade do Sistema Penitenciário.
O Sindspen ressalta que a solução mais viável e de curto prazo é a implementação da jornada voluntária e seria também a mais econômica para o Estado.
“Os servidores que forem entrar agora terão que passar por um treinamento com duração de 4 à 6 meses, além das legislações emitidas nesse período de pandemia que proíbem a Coordenadoria de Ensino e Aperfeiçoamento do Servidor Penitenciário (CEASP) a realizar qualquer atividade como cursos e treinamentos que envolvam aglomeração, ou seja, ainda teremos um longo caminho pela frente até que esses policiais penais possam estar em exercício. Com isso a secretaria vai fazer mais uma vez uma cortina de fumaça, para que não se implemente a jornada voluntária. Hoje o a medida mais viável e de curto prazo é a jornada voluntária e nós iremos continuar cobrando para que esse problema seja de fato resolvido. Enquanto os números de confirmados com a covid-19 no Sistema Penitenciário estiver em crescimento, não temos tempo de ficar de braços cruzados vendo os números aumentando e esperando o Estado capacitar novos profissionais para assumirem, sendo que dá para fazer algo de imediato” ressaltou a presidente do Sindspen, Jacira Maria.
Atualmente o Estado tem gastado o valor de R$ 129.600,00 mensal com diárias de apoio do interior. Já na Penitenciária Central do Estado (PCE) o valor chega a 264.400,00, os dados são da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária (SAAP).
A presidente em sua oportunidade explanou sobre a falta de planejamento de trabalho da secretaria. “Eles não tem um estudo que planeje as atividades contínuas para que sejam sanados os problemas, fazem tudo no espirro, agora, por exemplo, vai ser gasto com o treinamento, além de continuar gastando com diárias absurdas para apoio nos municípios onde não tem efetivo. Isso sobrecarrega o policial penal que fica sem nenhuma compensação e ainda exerce as atribuições do que sai. Já o policial que vai dar apoio é recompensado tanto com folga quanto com remuneração. E o Estado insiste com esses gastos que chega ao absurdo, pois dentro do Sistema Penitenciário o que mais se tem são gastos, e o que o secretário tem falado a respeito de economia, não passa de falácias”.