VII Conaspen define proposta para regulamentação da Polícia Penal

postado em: Notícias | 0

A presidente em substituição do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen), Jacira Maria da Costa e o diretor de Esporte e lazer do Sindicato, Jorge Moraes estiveram representando Mato Grosso no VII Congresso da Federação Nacional Sindical do Sistema Penitenciário (Fenaspen) ocorrido em Brasília, durante está semana. O encontro que foi marcado por discussões acaloradas teve também a participação de representantes do Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

O motivo do grande debate na apresentação foi às sugestões pontuais à minuta do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), como proposta de regulamentação e padronização às atribuições da Polícia Penal. Principalmente quanto à situação dos servidores da área técnica no bojo da EC 104 que transformou a categoria de agentes/inspetores penitenciários em Policiais Penais.

Durante o encontro o presidente do SindSistema Penal RJ Gutembergue de Oliveira defendeu que a premissa da discussão deveria estar bastante clara, considerando que o que define a transformação dos atuais agentes penitenciários é a atribuição e não a nomenclatura do cargo nos diferentes estados da federação. A grande questão é que as pessoas querem interpretar ‘cargos isolados’ como de outras carreiras e não o cargo singular dos agentes penitenciários.

O Depen possui especialistas de nível superior e os técnicos nas áreas de Enfermagem, saúde bucal, Farmácia, Pedagogia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional. O Depen trata o assunto por meio de blocos para avançar. O foco, agora são as atribuições depois a estrutura e em paralelo a verificação da situação dos especialistas e técnicos.

Sobre a pressão sofrida pelas lideranças, no âmbito regional, restou o entendimento de que as bases dos estados estão liberadas para fazer a inclusão de suas categorias de acordo com a realidade e especificidade de cada um. Se porventura a PGE entender que não é o caso, que se manifeste.

VII Congresso

 

O presidente da Fenaspen, Fernando Anunciação pediu um correto entendimento dos participantes do Congresso e reiterou que a instituição não irá emitir nenhum documento dizendo que pode transformar um técnico administrativo, que fez um concurso, em policial penal. “Somente o Mato Grosso do Sul transformou 100% os seus servidores em agentes penitenciários, cargo único, graças a uma alteração feita em 2005”, com outros concursos posteriores já com a nomenclatura. Não conheço nenhum outro estado com essa situação”, explicou.

Já o convidado e palestrante chefe da Assessoria de Assuntos Estratégicos do Depen e coordenador do Grupo de Trabalho, policial penal Diego Mantovanelli abordou sobre o trabalho que está sendo realizado no Departamento Penitenciário e sobre a minuta de atribuições apresentada pelo Depen no VII Conaspen. “O texto não é o posicionamento do Departamento, o trabalho ainda está em andamento. A ideia da proposta é não limitar o trabalho do Policial Penal à unidade prisional. Nosso trabalho vai além das muralhas, vai além das torres, nosso trabalho é muito mais do que isso, nos tornamos policiais penais. Mas inicia agora outra luta que é de fato, tornar isso uma realidade nos estados. Fazer uma lei complementar e definir os cargos e funções da melhor maneira possível” destacou Mantovanelli.  

VII Congresso

 

Sobre a situação dos cargos

O assunto ainda está em debate no Departamento Penitenciário Nacional a informação é de que não há a intenção de excluir os especialistas da Polícia Penal. O Depen encaminhou consulta à Consultoria do Ministério da Justiça, sobre a situação dos técnicos e especialistas do próprio órgão, para entender como seria essa inclusão ou não, destes profissionais na Polícia Penal. Hoje não existe um posicionamento.

Na próxima semana entre os dias 14 e 15 está marcada uma reunião aonde os diretores da Fenaspen, convidados a compor o grupo de trabalho do Depen, estarão levando as sugestões debatidas no VII Conaspen para a criação da Polícia Penal da União. Depois de finalizado o texto será submetido ao Diretor-Geral que validará a proposta institucional. E posteriormente será submetida ao Ministério da Justiça, obedecendo todos os trâmites internos, como a avaliação da Assessoria Especial no que tange à questão legislativa da proposta. Se necessário, passará pela consultoria jurídica, para só então ser encaminhada para a Casa Civil, que encaminha ou não a proposta para o Congresso Nacional.

Até o momento alguns estados aguardam a manifestação oficial do Depen para só então regulamentarem suas Polícias Penais. O foco é regulamentar, estabelecer e fortalecer a Polícia Penal para que seja de fato vista e reconhecida a sua importância para a Segurança Pública e para o Sistema Prisional.

Para a presidente Jacira Maria o VII Congresso foi primordial ao debate das particularidades dos entes federados. “Não podemos criar um órgão (Polícia Penal), conforme entendimento individual. É necessário sim que pacifique a questão, pois se Mato Grosso tem uma situação diferenciada, não podemos permitir que futuramente haja questionamentos jurídicos. Vamos deixar quem é de direito, a Advocacia Geral da União (AGU) dar o seu veredito, mas independente dele vamos defender o posicionamento da Federação e honrar a luta de 13 anos do SINDSPEN, que apesar de diversas críticas nunca desistiu de tentar. E é com essa mesma garra e energia que estaremos propondo nos Grupos de Trabalho, porque participamos juntos dessa história de sucesso”.

Anexos

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso

VII Congresso