A Colônia Agrícola onde é situado o Centro de Ressocialização Agrícola de Palmeiras foi escolhida para a realização da parte rustica do 2° Curso de Intervenção Rápida (CIR). No local há uma extensa área de campo livre, onde foi adaptada para a realização das atividades de campo.
No local foi construído um cenário baseado na Penitenciária Central do Estado (PCE), com celas e simulações e devido a área ser bastante ampla está sendo explorado técnicas em cima do trabalho do Sistema Penitenciário como, por exemplo, noção do adentramento de pátio, de celas, contato com armamento, técnicas de mobilização e formação de time tático, além de apreenderem a lutar um pelo outro como uma verdadeira equipe.
A presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen), Jacira Maria da Costa esteve acompanhando parte do treinamento na segunda-feira (11), junto com ela esteve presente o vice-presidente Gilciney Mendes Gomes e os diretores, Antônio Júlio, Clovis Henrique Mendes e Josilene Muniz.
Assessoria
O curso que iniciou com uma turma de 58 profissionais conta atualmente com 51 servidores, devido a intensidade do curso é exigido um condicionamento físico e habilidades para desenvolver ações sobre pressão, devido isso houveram 7 baixas até o momento.
Entre os alunos que permaneceram está a agente penitenciária Karen Fernanda, lotada na Cadeia Pública de Água Boa (à 736 km de Cuiabá). Ela conta como está lidando com a capacitação que não possui diferença por gênero. “Estou enfrentando bastantes dificuldades e superando os limites para me igualar aos homens, entrei no curso sabendo que o tratamento seria totalmente igual para homens e mulheres. Estou me mostrando cada dia mais forte, cada dia aprendo técnicas novas com o curso, estar aqui aprendendo tudo isso é muito válido”, disse.
O Cir é um curso reconhecido nacionalmente por qualificar os agentes para ações de rebeliões, escoltas, motins e entre outras situações de intervenção. E com isso despertou o desejo de agentes penitenciários de outros Estados a participarem, como o José Renato de Goiás e o Bruno Azevedo de Tocantins.
“Estou muito feliz de estar participando desse curso no Estado de Mato Grosso, pois aqui é um Estado referencia no requisito da intervenção rápida. Está aqui hoje é uma experiência impar, vou aplicar tudo que estou aprendendo aqui no meu ambiente de trabalho lá em Tocantins”, contou o agente Bruno.
E para José Renato que também veio de outro Estado à emoção não é diferente. “Estou tentando sugar o máximo do que estou aprendendo aqui com esses profissionais, esse curso é muito bem reconhecido por todos e estar aqui é uma honra para mim, os instrutores estão de parabéns”, contou.
Dessa vez o curso se estendeu para profissionais de unidades coirmãs, a exemplo disso está participando o soldado da Polícia Militar do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Cristhofer Lorram de Passos Charles. “Eu faço parte de outra unidade e vim buscar e trocar conhecimentos de outras forças e isso é importantíssimo para a segurança pública e também para a sociedade”, disse.
O Curso de Intervenção Rápida em recinto carcerário está sendo coordenado pelo agente penitenciário e diretor da PCE, Agno Silva Ramos. Ele faz parte do sistema penitenciário há 16 anos e contou que no inicio havia muita dificuldade por falta de treinamentos, porque no passado o governo não investia no servidor penitenciário. “Nós fomos buscando treinamento, e aperfeiçoamento com as experiências do dia a dia. E hoje é muito satisfatório poder fornecer esses conhecimentos a esses profissionais. O nosso objetivo é fazer com que o aluno trabalhe o íntimo e a técnica sobre pressão, porque nós trabalhamos em um local de aperto e por isso preparamos os servidores para atuarem em qualquer diversidade”, ressaltou.
Corpo de instrução
O curso conta instrutores de Mato Grosso e também de fora do Estado. Os profissionais são capacitados e aplicam os conhecimentos de forma voluntária aos alunos.
O agente penitenciário federal, Gilson Coelho veio prestar apoio aos instrutores durante o 2° Curso de Intervenção Rápida (CIR). Ele contou que entre os interventores deve haver sempre uma união e onde precisar de apoio o interventor deve ajudar. “Aceitei de imediato fazer parte dessa equipe, para mim é uma honrar participar desse curso. Aqui eu não apenas pratico meus conhecimentos como também adquiro novo aprendizado”, contou.
O agente penitenciário e coordenador da Coordenadoria de Ensino e Aperfeiçoamento do Servidor Penitenciário, Regis da Rocha explicou a importância dos alunos passagem pelo treinamento em campo. “Essa semana iniciou a parte rústica que trás para os alunos a realidade de intervir no dia a dia no sistema penitenciário e também fora dele”, disse.
A presidente do Sindspen, Jacira Maria da Costa parabenizou a toda equipe de instrutores do Cir e também ao diretor da Unidade, Pedro Marques de Almeida. “Aqui está sendo capacitado profissionais que irão sair do curso de forma diferente, pois o trabalho de capacitação que esses guerreiros realizam é de extrema relevância. Todos estão de parabéns e ao diretor Pedro muito obrigada por ceder a unidade da Agrícola e aos alunos eu desejo que todos concluam o término do curso, força guerreiros e guerreiras”, finalizou.
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