O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, recebeu na tarde de hoje (19) visita de uma comissão de aprovados no último concurso para ingresso no sistema penitenciário de Mato Grosso, para um bate papo sobre a situação dos aprovados e também sobre o sistema penitenciário.
De acordo com Aurélio Peixoto Cavalcante, integrante da comissão, o objetivo principal da visita foi para tratar das perspectivas das nomeações dos aprovados, assim como buscar apoio do sindicato para que isso aconteça e aproveitaram também para saber um pouco mais do sistema. Aos visitantes, o presidente sinalizou como positivo o apoio, afirmando que o sindicato irá fazer o possível para que seja suprida a falta de efetivo das unidades prisionais do Estado.
Batista esclareceu que a atual situação não é boa, mais que o sistema penitenciário tem uma prioridade em vistas das outras categorias que também aguardam convocação, pois o concurso do mesmo é maior em numero de convocação. Questionado sobre o porquê de o concurso ser cadastro reserva, o presidente explicou que na época do lançamento do edital havia estourado o limite da LRF, então ficamos entre lançar o edital em cadastro reserva ou esperávamos seis meses para o lançamento.
O presidente disse que o que pode garantir é que por parte do sindicato não irá faltar esforço. “Não vamos lutar porque vocês estão precisando de emprego, mais sim porque a função do sindicato é melhorar o sistema penitenciário e garantir que os servidores tenham condições adequada/dignas de trabalho, segurança, conforto e qualidade de vida e isso passa também pela questão de efetivo. Pra quem já está no sistema não existe alternativa, não temos como continuar mantendo o serviço que a gente realiza se não vier efetivo para o sistema penitenciário”, disse.
Questionado pela comissão sobre a fala do Governador, Pedro Taques em chamar apenas 169 aprovados para o curso de formação, Batista disse que a Diretoria de Ensino tem essa capacidade, se ele quiser ele pode muito bem interiorizar e fazer de forma modular.
Ainda sobre como o sindicato poderia intervir na questão de ordem de chamamento para o curso de formação, se será pela lista ou por polo, o presidente disse que o que o sindicato irá buscar é o que rege o edital. “Temos uma assessoria jurídica justamente para isso, enquanto a pessoa não é filiada não podemos defender devido a uma questão estatutária, porém o cumprimento do edital com certeza será acompanhado pelo jurídico, devido a ser uma ação no coletivo. Se vai ser convocado por polo ou geral, precisamos buscar o entendimento e se for preciso acionar a justiça”, disse.
“Tivemos um encontro produtivo, onde tivemos uma visão geral de como funciona o sistema e classifico como muito importante, pois como viemos de fora não temos a visão e depois dessa reunião pudemos ter uma visão ampla. Sentimos da parte do sindicato a possibilidade de apoio, que era o que justamente viemos buscar, ante a isso colocamos ao presidente apoio da parte diante das mobilizações. Dependemos do governo e ele ainda não fez um cronograma definido quanto a quantidade de vaga e chamamento”, disse Aurélio.
“Avaliou a conversa como produtiva e afirmou que os concursando podem contar com o apoio, porém precisa ser um tratamento com o pé no chão, falando a verdade, a gente vai junto e vamos até o fim”, finalizou Batista.