Com as galerias parcialmente lotadas de servidores estaduais entre eles diretores do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado Mato Grosso (Sindspen-MT, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso abriu, na manhã desta terça-feira (6), os trabalhos de 2018. A sessão durou aproximadamente duas horas.
Com a palavra, o Governador, Pedro Taques começou a sua fala dizendo que não é normal e usual um gestor estadual comparecer no inicio do ano em sessão da assembleia. “Um governador se assemelha a um diretor de empresa em nome dos servidores, porém, diferente de uma grande empresa que visa lucro, o lucro que a sociedade deseja é o lucro social, a concretização de politicas públicas, investimento em saúde, educação, transporte, logística, é isso que todos desejamos fazer o bem comum, esse bem comum se realiza com a concretização das politicas publicas e é pra isso que fui eleito”, disse.
Segundo Taques, março será de extrema dificuldade para o Executivo, já que é o mês de vencimento de mais uma parcela de um empréstimo do Estado com o Bank of América, de aproximadamente R$ 150 milhões.
“Mas temos que fazer o dever de casa. Março está chegando e será um mês escuro. Se não tomarmos medidas logo após o Carnaval, teremos mais que chuvas no mês de março. Teremos outras coisas. Precisamos renegociar essa dívida. Precisamos passar o mês de março”, afirmou o governador.
Ainda na oportunidade o gestor frisou que quando disse que nem tudo são flores, quis dizer que o governo visa investimento, após retirar 25% que pertence aos municípios, resta ao governo apenas 18 bilhões de reais, esse valor é distribuído entre os poderes, sendo esse um dever constitucional para que eles também possam exercer o seu papel. Conforme Taques nos últimos anos os repasses aos poderes, tem aumentado muito “não sei de quem é a culpa” disse. De 2011 até hoje, o repasse aos poderes cresceram 106%.
“Aos aposentados e pensionistas, eu quero dizer que vivemos uma farsa na previdência desse Estado, se não tomarmos providência agora, daqui a três (3) anos, 30 mil servidores não terão recursos para bancar a sua previdência. Hoje o aumento da alíquota da previdência de 11 para 14% já não é o bastante para que possamos resolver o problema. Leis de carreiras foram aprovadas e os aumentos salariais incorporados não podem ser retirados. Aumentos salarias, sem verificar os impactos financeiros foram feitos, não vim para encontrar culpados. Pago os poderes, pago os salários dos servidores, que não é favor do governador e sim uma obrigação e direito do trabalhador. Aprovamos a PEC do Teto, que fará com que o Estado deixe de pagar para a União um bilhão e duzentos milhões de reais, Mato Grosso hoje deve sete bilhões para a União, dividas contraída na Copa do Mundo. Se deixarmos de pagar essas dividas, Mato Grosso entra no Cadin e deixa de receber os recursos do fundo de participação estadual. Já cortamos o que poderíamos cortar, mais ainda cortaremos mais. Repactuamos todos os contratos. Precisamos avançar e investir, todos terão que contribuir nesse momento de dificuldade”, finalizou.
Para o Presidente do Sindspen, João batista que acompanhou e vem acompanhando as ações do governador, a fala não foi surpresa, pois desde a semana passada ele vem falando sobre isso, cortes e apertar o cinto. “Infelizmente a gente não espera outra coisa, faltou mais gestão por parte do Governo do Estado, nos três primeiros anos de governo, infelizmente não fez as ações que deveria fazer principalmente a relação à taxação dos grandes produtores, deu muita isenção e renuncia fiscal e agora apresenta um quadro das finanças do estado, onde o que se arrecada não consegue pagar as despesas do estado e agora obviamente vai procurar bode expiatório para poder resolver os problemas de gestão dele. A gente espera que essa conversa seja feita realmente com os servidores, produtores, e se é pra todo mundo meter a mão no bolso, que o agronegócio também participe porque eles podem contribuir muito mais ainda. O Sindicato vai se manter vigilante, vamos participar sim todas as vezes que formos convocados para participar dessas reuniões onde for discutido a situação financeira do estado, vamos estar mobilizando as categorias para estar acompanhando e se necessário for se reunir via Fórum Sindical, pode ter certeza que estaremos fazendo isso”, frisou Batista.
Anexos
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