No inicio da tarde de hoje (01), servidores penitenciários lotados no Centro de ressocializaçao de Cuiabá (CRC), convocaram o Presidente do sindicato dos servidores penitenciários do estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista para reunião de urgência na unidade, para tratarem da suposta transferência de servidores da unidade para a penitenciária feminina.
Conforme o Presidente um grupo de funcionários ameaçavam entrar em greve esta tarde, em solidariedade à outros colegas (24 servidores), que estão sendo remanejados para outras Unidades com autorização da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (SEJUDH-MT).
Após uma longa conversa com os servidores, Batista sugeriu que ao invés de fazer esse protesto na data de hoje, que o mesmo fosse realizado amanhã pois fazer um manifesto no meio de visitas com certeza geraria conflito, já que nesse momento (em torno de meio-dia) parar no meio do caminho tinha tudo pra tornar a paralisação negativa.
Batista comentou que o Governo ta embromando, que os aprovados não seriam chamados logo e que isso tem de ser cobrado do Governo e que o Sindicato acata as decisões dos servidores, não podendo decidir por eles, que daria todo apoio que precisasse (faixas, alimentação) diante da decisão que tomassem.
Após esse dialogo, por unanimidade, ficou marcado para amanhã (02), o protesto na porta do CRC, a partir das sete da manhã.
O Juiz da vara de Execuções Penais Geraldo Fidélis esteve presente na unidade, ouviu os servidores e agendou reunião hoje ás 16 horas para tratar sobre o assunto com o presidente do Sindspen e o desembargador Geraldo Geraldeli.
Na próxima sexta-feira (04) será realizado mais uma assembléia da categoria, onde os servidores poderão sinalizar para uma greve, caso o governo não apresente propostas para as pautas do sistema penitenciário.
“A situação das unidades penais em todo estado é critico, e mesmo com o concurso atual a situação não será suprida, o governo precisa olhar para o sistema penitenciário com um olhar solidário e resolver os entraves da categoria e sistema. Não podemos descobrir um santo para cobrir outro, precisamos é resolver a questão de efetivo nas unidades, o que seria amenizado se a jornada voluntária já estivesse funcionando”, Finalizou Batista.