Nelli Tirelli
Assessoria de Imprensa/Sindpsen-MT
O agente penitenciário Gilberto Antônio de Oliveira é acadêmico do 4º ano de Administração Pública e desenvolveu um importante projeto de pesquisa cientifica na unidade penal de Água Boa e diante da relevância do trabalho ele foi selecionado para apresentá-lo na XXV edição do ENBRA – Encontro Brasileiro de Administração, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. Essa é a primeira vez que o Enbra é realizado na Região Centro-Oeste do País.
“Fiz a minha inscrição e meu projeto foi aprovado para ser apresentado entre muitos que são enviados do Brasil todo para participar, então, fiquei muito surpreso por ter sido selecionado”, contou o agente penitenciário.
Gilberto está no Sistema Penitenciário mato-grossense ha cerca de 11 anos. Ele é o primeiro agente penitenciário de Mato Grosso a participar desse evento.
SOBRE O PROJETO – De acordo como servidor, o projeto consiste em avaliar o “absenteísmo na Unidade Prisional Major Zuzi Alves da silva de Água Boa”, ou seja, descobrir a causa dos servidores se ausentarem tanto do seu local de trabalho. Os anos pesquisados por Gilberto foram os de 2014 e 2015.
“Eu percebi durante os anos de trabalho no sistema penitenciário que havia muitas faltas e afastamentos na unidade penal, então, devido o grande número de ausências eu resolvi abordar esse assunto e fazer essa pesquisa cientifica e o resultado é surpreendente”, afirma Gilberto, informando que foi possível se constatar com a pesquisa que há um grande déficit financeiro e de pessoal para o Estado.
De acordo com dados do trabalho, feitos com demonstrativos, inclusive, em gráficos, os homens são os mais faltosos, ficando com 81% das faltas. O levantamento também apontou que os servidores que mais faltam têm entre 28 a 37 anos, além de que as principais causas são transtornos psicológicos, atestados para acompanhantes de familiares, e atestados referentes à gravidez.
O projeto agora segue para ser publicado em uma revista cientifica e posteriormente será encaminhado para a secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) para conhecimento, segundo o agente penitenciário.