Nelli Tirelli
Assessoria de Imprensa/Sindspen-MT
A greve por tempo indeterminado na luta pela Revisão Geral Anual (RGA) no sistema penitenciário mato-grossense já começa a ter reflexos negativos. Diante da não realização de visitas por parte de parentes e as chamadas “mulas”, pessoas contratadas para levar materiais ilícitos para dentro das unidades penais, estão jogando celulares, drogas, entre outros por cima dos muros das unidades tanto na capital quanto no interior.
A exemplo disso, na manhã de domingo, dia em que os presos estariam recebendo visitas, caso os servidores não estivessem em greve, um pacote embalado com uma grande quantidade de celulares, carregadores, chips, fone de ouvido, cabo USB, entre outros, foi jogado no pátio da maior penitenciária de Mato Grosso, Penitenciária Central do Estado (PCE).
Já no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), uma grande quantidade de drogas, aparentando ser maconha, foi jogada por cima do muro.
“Felizmente nessas duas unidades, dessa vez os agentes penitenciários que estavam de plantão conseguiram localizar os embrulhos e interceptá-los antes que eles chegasses nas mãos dos detentos”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, que acredita que a situação tende a piorar nos próximos dias, caso a greve não chegue ao fim.
“Essa foi apenas a primeira semana de greve, e sabemos que os detentos não são tão compreensivos quando se trata de interrupção de visitas. Eles não aceitam, mas entendem que a culpa não é nossa, ou seja, dos servidores e sim do governo do Estado, então, não sabemos como será daqui para frente”, avaliou o sindicalista.