Nelli Tirelli
Assessoria de Imprensa/Sindspen-MT
O advogado Waldir Caldas, presidente da Comissão de Direito Carcerário da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso atendeu a um pedido da diretoria do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT) para uma visita ao departamento de monitoramento de tornozeleiras eletrônicas do Estado, a qual ocorreu na tarde desta terça-feira (03.05).
O objetivo foi de mostrar o funcionando do projeto, bem como, a falta de estrutura para o bom funcionamento do mesmo. “Hoje o sistema de monitoramento de presos que utilizam a tornozeleira eletrônica em Mato Grosso funciona em uma pequena sala com aproximadamente 15 metros quadrados, e conta com pouco mais de 20 agentes distribuídos em 4 plantões para realizar diversas tarefas, ou seja, um número bem aquém do ideal para o setor”, disse o presidente do Sindspen-MT, João Batista.
De acordo ainda com o sindicalista, fazem parte do trabalho dos servidores desse setor, a colocação e retirada de tornozeleiras no Fórum da capital, realizar ligações aos monitorados e auxiliar nas ações do Ciosp. “São muitas atividades para poucos servidores, o que se torna mais um problema de um projeto excelente, mas que infelizmente por falta de estrutura se torna inviável”, reclamou Batista.
Após conhecer o local e constatar a deficiência do setor, além da péssima estrutura, o presidente da Comissão de Direito Carcerário da OAB afirmou que irá intervir junto a secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) para que mais investimentos sejam feitos no local, melhorando assim, a estrutura e as condições de trabalho dos servidores.
Na oportunidade, o presidente do Sindspen-MT ressaltou as vantagens do projeto para o Estado, mas desde que realmente investimento sejam feitos.
“Hoje o custo de um preso para o Estado é de aproximadamente R$2.700, com o aparelho, que é locado, ele passa a ser de apenas 270 reais por mês, ou seja, bem mais vantajoso também nesse sentido, mas porque não melhorar então a estrutura e as condições de trabalho para que realmente o projeto seja um sucesso e se torne exemplo para outros Estados??”, indagou Batista.