Presos fazem greve de fome e agentes penitenciários realizam revista em Nova Mutum

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No dia primeiro de maio, dia do trabalhador, cerca de 80 recuperandos da Cadeia Pública de Nova Mutum iniciaram uma greve de fome. De acordo com a direção da unidade penal, a cadeia possui  145 internos, e 09 celas, sendo que apenas os detentos da ala interna aderiram ao protesto.

segundo ainda o diretor, Antônio Pereira de Lima, os detentos reivindicavam, principalmente, a volta de varias regalias que foram retiradas quando da posse na nova gestão, tais como: comida  caseira, ferro de ferver água, aumento do horário de visita intima,  volta da entrada de fumo e cigarro, o qual foi suspenso por 30 dias,  bem como os aparelhos televisores que foram retirados,  entre outras.

Lima conta ainda, que os detentos não concordaram coma transferência que ocorreu ainda no domingo (01.05) de um colega tido como um possível “líder “ dos presos.

“Não cedemos as reinvindicações,  pois não esta escrito na lei de execução penal que pessoas encarceradas devem ter direito a estas regalias,  o que é direito do detento ele  terá,  o que não é, não terá”, disse lima, afirmando ainda, que “não admitimos atos de insubordinação, bem como não aceitamos que uma unidade que esta sob a tutela do estado venha a ter lideres, ou poder paralelo dentro das cela”.

No dia seguintes aos fatos, foi realizada na unidade penal uma revista geral, tendo em vista que havia denuncia de que os detentos estavam estocando alimentos na laje da cadeia, fato que foi confirmado durante o trabalho dos agentes penitenciários.

“fazer greve de fome assim é fácil, creio que isso seria uma dieta haja vista a quantidade expressiva de alimento encontrado estocado”, contou Lima, informando ainda que cerca de 10 detentos foram identificados e isolados. “Eles estavam segundo denuncias incitando e até mesmo obrigando que outros detentos para que não aceitassem as refeições, porem, eles tinha um estoque reservado”.

Durante a revista ainda, foram localizados dois ferros  tipo chucho e  uma maria tereza (corda artesanal). “Acreditamos  que esses detentos que foram isolados, estariam tramando uma rebelião com possível tentativa de  fazer alguém de refém” , falou Lima.



 

No total, 13 agentes penitenciários participaram da ação, que não teve nenhum disparo de arma de fogo e nem uso de força.