De tudo um pouco na prisão

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Celulares, armas, drogas, bebidas e dinheiro foram apreendidos em vistorias realizadas no carnaval

 

Agentes penitenciários localizaram 192 celulares e três quilos de drogas, 600 litros de bebidas artesanais e 178 armas artesanais (facas e chuços) nas celas da Penitenciária Central do Estado (PCE). Foi encontrada também grande quantia em dinheiro. Em um dos aparelhos, foi identificada uma foto publicada em rede social, na qual os presos aparecem segurando as notas.

O material foi recolhido durante uma operação de revistas realizada de sábado (06) até ontem (10). A grande quantidade de material, segundo o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), é resultado da portaria 02/2014 que proíbe a realização de revistas nas visitas dos presos.

 

 

A partir de então, são feitas apenas revistas mecânicas, ou seja, com aparelhos detectores. “Mas as pessoas colocam os aparelhos envolvidos com fita adesiva, assim não tem como identificar”, explica João Batista Pereira de Souza, presidente do Sindspen-MT.

 

 

Existem aqueles casos em que os agentes conseguem evitar a entrada de algum material proibido, como aconteceu esta semana, quando uma grávida de seis meses tentou entrar na PCE com um pacote de 50 gramas de substância análoga à maconha na vagina. “As agentes percebem uma mudança no comportamento, realizam uma entrevista e pelo nervosismo a pessoa acaba se entregando e admitindo”, aponta Souza.

 

 

O sindicalista ressalta que esse tipo de ação demonstra que é preciso, por parte do governo, investir em melhores condições de trabalho para os agentes, como a compra de aparelhos de raio-x corporal e de instrumentos de segurança pessoal, como coletes e armas. “O governo deveria ter considerado essas coisas quando fez o orçamento. Os aparelhos que nos enviaram, do Departamento Nacional Penitenciário (Depen), são para objetos e não conseguirão flagrar a entrada ilícita dos produtos porque as pessoas colocam no corpo. Além disso, precisamos de armas e coletes porque a aquisição aconteceu na gestão passada e estamos dividindo o material”, frisa Souza.

 

 

OUTRO LADO – A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sejudh), mas não recebeu retorno da assessoria de comunicação até o fechamento desta reportagem.

 

 

Fonte: Jornal “A Gazeta” – edição desta quinta-feira (11.02)