Só neste ano, os policiais penais conseguiram impedir seis fugas na Penitenciária Osvaldo Florentino Leite, conhecida como Ferrugem, em Sinop. O resultado positivo é obtido, apesar da falta de efetivo e de estrutura nas unidades.
A presidente, em substituição, do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen), Jacira Maria da Costa, afirma que 12 servidores foram removidos, entre março e abril, de Sinop para Sorriso, o que deixou a estrutura da penitenciária mais precária.
Outras tentativas de fuga foram evitadas todos os dias, que são evitadas pelo empenho dos Policiais Penais e, apesar da falta Valorização, deixam a sociedade em segurança porque não houve fuga, motim ou rebelião.
A atuação dos policiais penais tem sido fundamental para garantir a segurança dentro e fora dos presídios, em Mato Grosso. Além de administrarem o sistema prisional, eles são responsáveis em manter a segurança nas unidades, para desempenho do trabalho de ressocialização dos presos. Mesmo com pouco investimento do Estado, os profissionais, com o apoio do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), conseguem realizar um trabalho qualificado.
Os Policiais Penais do Estado também impediu a entrada de drones, celulares e drogas para reeducandos da Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis e Penitenciária Central do Estado, e a cada dia, intensificam mais esse trabalho de fiscalização para evitar a entrada de objetos ilícitos e entorpecentes nas unidades. Mas, para a presidente, em substituição, do Sindspen, o governo precisa investir mais em tecnologia para que as revistas sejam mais rigorosas.
“É preciso mais escâneres corporais nas unidades de grande porte e essa é uma tecnologia de ponta. Hoje tem banquetas e as réguas eletrônicas, mas elas não identificam drogas. Os escâneres estão em pouquíssimas unidades penitenciárias e faz-se necessidade que se expanda para os demais estabelecimentos”, explica.
Alguns servidores, por conta própria, têm buscado conhecimento sobre a percepção das reações do corpo. “Tem alguns colegas que passaram a assistir documentários de outros países e começam a detectar, por meio de percepção, a reação das pessoas, e conseguem bons resultados, que não tem atenção do Estado, porque são constantemente denunciados”, destaca Jacira.
Trabalho social
O trabalho de um Policial Penal pode ir além dos muros dos presídios e mudar vidas. A presidente, em substituição, do Sindspen, por exemplo, se deparou com uma profissão que tem o poder de ajudar as pessoas que querem se encaixar novamente na sociedade.
“Observei que esse trabalho é o melhor meio de proporcionar ajuda as pessoas que quebram as regras sociais. Percebi que essas pessoas precisam de bons exemplos e de um trabalho qualificado, um desafio ao qual me envolvi e apaixonei”, declara.
Reconhecimento
Devido ao importante papel que esses profissionais têm na sociedade, em dezembro de 2019, o Congresso Nacional promulgou uma emenda constitucional que transformou os agentes penitenciários em Policiais Penais, onde corrigiu uma falha de décadas, quando os constituintes aprovaram a Constituição Federal e os respectivos policiais ficaram fora da Segurança Pública. Após vários anos de luta houve o reconhecimento e, finalmente, o congresso reconheceu o valor desses Guerreiros espalhados nas unidades da Federação.
A mudança deu mais autonomia, responsabilidade e, principalmente, segurança jurídica nas ações, assim como terão mais atribuições, muitas já executam e outras ainda aguardam implementação, por meio de Regulamentação da Carreira, da administração pública e esse é o grande desafio até o encerramento deste ano em curso.