Policial penal se aposenta e Sindispen reconhece serviços prestados

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Satisfação e dever cumprido. Essas palavras traduzem a trajetória da policial penal Maria da Gloria Claudino, de 56 anos, que após 21 anos de contribuição com a Segurança Pública de Mato Grosso foi contemplada no último dia 5 desde mês com sua aposentadoria.

Ela ingressou no Sistema Penitenciário em 1999, ainda como agente carcerária, e atuou nas cadeias públicas dos municípios de Juscimeira e Jaciara. Com avanço nas políticas públicas e criação de leis, a categoria foi regulamentada e agora está chegando a vez da transformação em policiais penais.

Maria da Glória conta que há época, as condições de trabalho e o afetivo nas unidades prisionais eram insuficientes para atender as demandas e afirmou que a realidade mudou com o passar do tempo, graças também a fundação do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindispen-MT) e a luta diária dos servidores em prol de melhorias.

“A gente trabalhava 24h por 48h e não é como hoje, 24h por 72h. Quando estávamos de folga, se nos chamassem tínhamos que ir trabalhar, ou seja, a gente carregava o sistema nas costas, sem contar a falta de preparo e treinamento, enfim, éramos vistos apenas como um número e não como seres humanos”, diz.

A servidora elogia as vitórias alcançadas até aqui, no entanto, frisa que a baixa remuneração ainda é um impasse enfrentado pela classe.

“Hoje os policiais não trabalham sós, têm diretores, planos de carreira, andam armados, portanto, é preciso melhorar os salários”, pontua.

Segundo dados repassados pela associação, hoje a população carcerária supera os 11 mil detentos e o staff é de mais de 2.500 policiais penais.

Sobre o relacionamento com os detentos, Maria da Glória explica que tem orgulho do ofício que desempenhou, pois em momento algum negociou sua integridade e honestidade, e em troca ganhou o respeito dos todos, por onde passou.

familia

 

“Agradeço a Deus e a minha família por ter me dado forças durante todo esse tempo, convivendo com as pressões psicológicas. Entrei de cabeça erguida e estou saindo de cabeça erguida. Não me corrompi nenhuma vez. Nunca, nenhum preso teve coragem de me fazer proposta de corrupção. Deus me guardou até aqui”, destaca.

A presidente do Sindspen, Jacira da Costa, reconheceu com grandeza o cumprimento das atividades da policial ao longo dessas duas décadas e desejou que, de agora em diante, ela possa usufruir do seu merecido direito de usufruir sua aposentadoria com a dignidade daqueles que cumpriram sua Missão. Enquanto isso buscaremos recompensa-la por meio de uma Valorização honrada e faça jus ao bom trabalho desempenhado ao longo de tantos anos.

“Que ela saiba que sempre terá um lugar muito carinhoso entre nós policiais penais, principalmente nós mulheres, que temos orgulho de ver nosso gênero mostrando o valoroso papel no contexto social e tem nosso grande respeito. Precisando de dicas, o sindicato está a sua inteira disposição e continue conosco, nos honrando com sua presença e bons exemplos. Que Deus abençoe a senhora e a sua família e que possa curtir esse excelente momento em família. Obrigada por toda sua Dedicação, Empenho e Determinação em deixar-nos um Legado de Honestidade e Altruísmo”, finaliza.

Por fim, Maria da Glória elenca que se dedicará daqui para frente aos cuidados consigo e com sua família, aproveitando cada minuto ao lado daqueles que mais ama.