NOTA DE REPÚDIO

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A diretoria do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen- MT) repudia, veementemente, a prisão dos 23 policiais penais do sistema prisional de Roraima, detidos desde o último dia 16, sob acusação, sem quaisquer provas, de tráfico de armas, de drogas e de ouro.

As prisões são parte da Operação Alésia deflagrada pela Polícia Federal (PF) com objetivo de desarticular “organização criminosa” na estrutura da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania de Roraima (Sejuc), que levou inclusive à detenção injusta e ilegal de dirigentes do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Roraima (SINDPPEN-RR).

Envolvendo mais de 200 policiais penais em mais uma das ações pirotécnicas praticadas pela PF. Os agentes da Operação Alésia não encontraram nada com os policiais penais, nem nas suas residências, alguma prova das acusações feitas, mas os acusados continuam presos mesmo sem provas apesar dos pedidos de soltura feito à Justiça de Roraima.

O Sindspen ressalta que a manutenção da prisão dos policiais penais é desnecessária, pois, “as peças de investigação apenas tratam de assuntos sem comprovação fática e são recheadas de suposição e presunção. Além disso, nada de que foram acusados foi comprovado, não foi apreendido nenhum objeto (arma, droga e/ou ouro) que esteja relacionado com as imputações a eles alegadas”.

Como se não bastasse a gravidade da acusação, sem provas e as prisões arbitrárias, os Policiais Penais ainda tiveram seus nomes e endereços residenciais publicados por alguns veículos de comunicação, colocando suas vidas e de seus familiares em risco, e com a recusa destas mídias, quanto ao direito de resposta.

Por isso, a direção do Sindspen reforça o repúdio às prisões sem provas e expressa solidariedade aos Policiais Penais de Roraima, no ensejo de que sejam liberados o mais breve possível e que a Justiça faça a devida apuração respeitando o Estado Democrático de Direito, as garantias individuais e a honra dos servidores penitenciários.