O deputado estadual João Batista (PROS) criticou o Governo pela demora de repasse de emendas ao Sistema Penitenciário de Mato Grosso. As críticas foram feitas nesta segunda-feira (26), durante uma live realizada pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários. O valor total de emendas é de R$ 1,6 milhão.
“Eu destinei R$ 400 mil para aquisição de dois micro-ônibus, sendo um para Sinop e outro para Água Boa, R$ 700 mil para compra de pistola, para que fosse feito cautela permanente para os agentes penitenciários (policiais penais) e R$ 500 mil para reforma da Coordenadoria de Ensino e Aperfeiçoamento Penitenciário (Ceasp) e até hoje isso não foi executado e nenhum dos materiais foram adquiridos”, disse.
Durante a live foram debatidos diversos assuntos referente ao futuro dos servidores penitenciários, como por exemplo, a situação da polícia penal, valorização salarial, jornada voluntária e entre outros assuntos. Para o deputado, o governo deve focar menos nas infraestruturas e dar uma atenção melhor na questão social. O Sistema Penitenciário e a Segurança Pública estão ligados na questão social.
“Quando nós ampliamos a quantidade de vaga no Sistema Penitenciário nós fazemos uma melhoria para o preso e não aos servidores. Aos profissionais do Sistema Penitenciário não foi pago a jornada voluntária, não foi feito a cautela de arma permanente e não foi trabalhada a questão da valorização salarial e os investimentos dentro das unidades penais foram realizados com o dinheiro retirados da cantina”.
A presidente do Sindspen, Jacira Maria ressaltou o desejo que 2021 haja mais cuidado com os servidores principalmente os que tiveram limitação e estão praticamente abandonados.
“O Estado tem que canalizar esforços, pois temos muitos guerreiros tendo que gastar muito com a saúde, por não ter adicionais que possam melhorar esse salário que é um dos piores do Brasil. Não adianta sermos elogiados como Estado modelo se, no entanto o servidor é mal remunerado, e isso leva ele a ter uma insatisfação podendo ocasionar essas doenças que temos acompanhado e muitas das limitações que ocorrem justamente pela falta de investimento. O que nós queremos é que o nosso governo e a nossa secretaria olhe para nós”, destacou.