Ao menos 50 agentes penitenciários lotados em outros municípios de Mato Grosso, que estão em Cuiabá desde o dia 13 de agosto participando da operação de limpeza da Penitenciária Central do Estado (PCE), ainda não receberam diárias, que ajudariam a custear alimentação e hospedagem.
A informação foi confirmada ao #GD pela presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindispen-MT), Jacira Maria da Costa.
Conforme a presidente, além do efetivo que já atua na PCE, outros 60 servidores foram escalados para a operação, sendo 10 da baixada cuiabana e 50 de outros municípios do estado.
“Os servidores estão 24h desde o começo da operação dentro da PCE. A diária ainda não caiu e há, de fato, custos na logística, na acomodação, alimentação. Então, está sendo complicado”, disse.
Jacira informou ainda que o Sindicato e outros órgãos que representam servidores públicos estão ajudando custear as alimentações. “Estamos oferecendo almoço e jantar, com dificuldades, mas estamos. Agora, outras alimentações, é tudo por conta deles. Temos o apoio do mercadinho que existe na PCE também”.
Para dormir, alguns agentes conseguiram colchonetes e outros trouxeram de casa. “O secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, disse que a operação foi pensada há meses, mas acho que esqueceram de pensar nessa situação, na logística dos agentes que estão na cidade”, finalizou.
Outro lado
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que por ser uma operação planejada dentro do sigilo, a solicitação de diárias para os agentes foi feita fora do período normal, justamente para evitar vazamento de informações.
Ressaltou ainda que todos os servidores vão receber de acordo com o período de apoio à operação. “Em relação à alimentação fornecida pela Associação de Servidores da PCE, destacamos que tal medida está dentro da normalidade, uma vez que a associação é para subsidiar atividades inerentes ao Sistema Penitenciário”, diz trecho da nota.