Outros dois agentes penitenciários lotados no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Lucas do Rio Verde (335 km de Cuiabá), tiveram as mortes decretadas pelos presidiários. A informação foi confirmada pela presidente em substituição do Sindicado dos Agentes Penitenciários (Sindspen), Jacira Maria da Costa. A lista contava também com o nome do agente Elison Douglas das Silva, 37 anos. O servidor foi executado com mais de 20 tiros em frente a sua residência, no último domingo (30), no bairro Téssele Júnior, em Lucas do Rio Verde.
Depois da execução de Elison, agentes da inteligência da unidade realizaram vistorias e encontraram diversos celulares nas celas do CDP. Esses aparelhos foram descriptografados e diante disso, foi descoberto o plano para executar os servidores. “Essa lista foi descoberta depois que apreenderam os celulares que estavam no CDP. Nessa lista estava o nome do Elison e mais dois agentes que eram pra ser executados.
Esse trabalho foi realizado pela inteligência da unidade e chegaram a essa informação depois que os aparelhos foram descriptografados”, disse Maria ao HNT / HiperNotícias. Maria afirmou à reportagem que a ordem para executar os agentes penitenciários partiu de dentro do Centro de Detenção. “Essas execuções foram negociadas. Alguém lá de dentro (do CDP) que ligou para alguém da parte externa dando ordem para que executassem os três agentes. Mas, a ordem partiu de lá de dentro da unidade”, explicou.
Prisões
No dia seguinte a morte de Elison, cinco pessoas, dentre um adolescente de 15 anos, foram presas suspeitas de participação na execução. O menor V.A.S., confessou ter participado do assassinato do agente e afirmou que não perguntou o motivo que a vítima iria ser morta e que apenas queria participar da execução.
Os primeiros a serem localizados foram Carlos Alberto Cavalcante da Silva, 24 anos e Jean Andrey dos Santos Goncalves, 26 anos que estavam em frente a uma residência. Eles tentaram fugir e resistir a prisão, mas foram contidos e encaminhados à delegacia. Com um deles havia uma porção de maconha.
Informações dados por moradores descreveram a localização de Alexfran Prazeres Silva, 39 anos. Os policiais foram até o local onde ele estava e o suspeito saiu correndo quando viu os agentes chegando.
Em depoimento, ele alegou que ficou com medo e que seria tio de um dos suspeitos do crime. Afonso Rafael Gaspar Tavares, 29 anos, foi identificado com ajuda de moradores. Durante revista pessoal, foram encontradas porções de maconha com ele.