Sindicato acende luz amarela após execução de agente prisional

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Sinal amarelo por duas razões e nenhuma com prevalência: para alertar que é preciso buscar meios de se proteger e para dar uma dura resposta. É assim que se encontra o sindicato dos agentes prisionais de Mato Grosso (Sindspen), que nesta quarta-feira, 3, realiza assembleia às 16 horas, para deliberar sobre os motivos que o levam a acender a luz entre o verde e o vermelho. 

Presidente em substituição do Sindspen, Jacira Maria da Costa coordenará a assembleia, que deverá contar com a participação de agentes de vários municípios.

 O Sindspen quer proteger seus associados, temendo que se repita o que aconteceu com Elison Douglas da Silva, 37 anos, agente lotado em Lucas do Rio Verde, que foi executado na noite do domingo, 30 de junho,  com 23 tiros, em sua casa, no bairro Tessele Júnior,  naquela cidade. O corpo de Elison foi enterrado ontem, em Lucas. A Polícia Civil trabalha com algumas linhas de investigação no caso, mas não se descarta que a execução seja um recado do crime organizado.

Ontem, em nota de repúdio o Sindspen disse:  … Ao que tudo indica, os executores planejaram friamente o assassinato do jovem pai de família, cumpridor de suas obrigações, em seu dia de folga, ao ir visitar a sua casa que estava em reforma. O que chama a atenção, de forma preocupante, são alguns dos envolvidos: 01 adulto e três adolescentes, em conflito com a lei, o que nos causa temor e nos deixa sem palavras. Surpreende-nos a participação de adolescentes, que aparentam tão tenra idade, e covardemente, tiraram a Vida de nosso Irmão de farda, o Agente Penitenciário, trabalhador e guardião da justiça, Elison Douglas

Hoje, em nota às redações, a entidade destacou que: … Não foi uma vida, foi a segurança pública, o Estado, com seu braço forte da segurança é que foi atacado e hoje iremos decidir dentro da assembleia, qual o melhor caminho para que possamos agir para continuar atuando dentro da nossa função, para que tenhamos o amparo do Governo para que isso seja efetivo. Não adianta pegar uma arma e sair caçando pra abater todos aqueles que conspiraram para chegar a essa crueldade ocorrida. Temos que agir com  racionalidade, respeitando as leis, mais de forma firme, vamos dar uma resposta a isso, para que o Estado continue tendo o respeito e não nos tornemos semelhantes ao que a gente vê acontecendo em alguns Estados, onde o crime organizado dita Ordens, dita leis e nós ficamos como cordeirinhos. Aqui em Mato Grosso, nós temos um sistema  penitenciário, onde o Estado está atuando dentro e as outras forças da segurança estão do lado de fora, fazendo a investigação e apreensão daqueles que quebram as regras sociais…

A Secretaria de Segurança Pública não se manifestou sobre a execução em Lucas do Rio Verde. Agentes estão cautelosos. Antes mesmo desse crime a categoria já temia, pois são eles – os agentes – que trabalham em contato direto e permanente com apenados e presos provisórios. “A profissão é de alta periculosidade. Preso sabe tudo sobre os agentes. É comum eles dizerem: olha, você mora na rua Tal e seus filhos estudam na escola X. Minha preocupação é muito grande”, revelou um agente penitenciário.

A assembleia definirá quais os procedimentos deverão ser adotados pela categoria.

 

Redação Boamidia