Após 60 dias sem convocar aprovados da Sejudh, governo reafirma que não tem obrigação e vagas são reservas

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Em janeiro, o governador Pedro Taques anunciou que convocaria os concursados da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), ainda em fevereiro. Logo depois, anunciou novamente que chamaria no início de abril. Agora, lá se vai 60 dias desde que o concurso foi homologado e nada de convocação dos aprovados. 

Segundo representantes da Comissão de aprovados no concurso da Sejudh, o secretário Chefe da Casa Civil, Júlio Modesto, repete a mesma versão de quando respondia pela Secretaria de Gestão, que não pode convocar os concursados, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, e, além disso, trata-se apenas de cadastro reserva. Também destacou para categoria, que só serão chamados de acordo com a necessidade da pasta. 

Porém, os aprovados contestam o argumento do governo, sendo que próprio executivo, divulga que existem agentes suficientes em Mato Grosso. Mas, segundo dados Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen-MT), faltam agentes, justamente por alguns estarem em desvio de função, e o número de presos por agentes ser considerado absurdo. 

“Estamos há meses mostrando por meio de relatórios que a necessidade é extrema, mas eles não se importam. Nosso colegas agentes estão ficando doentes, cansados, suprimidos de tanto trabalho, por não ter uma demanda de profissionais que possam suprir o sistema”, disse um dos representantes, que manteremos o nome em sigilo, para evitar represálias.

No total foram 1.115 aprovados para o cargo de agentes penitenciário e 186 para profissionais de nível superior – advogados, assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos. Porém foi homologado, apenas  1.301 aprovados, e, mesmo assim, o governo do Estado sinalizou a possibilidade de não nomear e dar posse a todos.