“Estado trata presos perigosos como ladrões de galinha”, diz líder de agentes penitenciários

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Em entrevista ao , o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso (Sindispen-MT), João Batista disse que o Governo do Estado ainda não percebeu que o perfil dos presos de Mato Grosso mudou com o passar dos anos e os trata como meros “ladrões de galinha”.

 

“O perfil do preso em Mato Grosso está mudando com os adventos das organizações criminosas. O que não mudou ainda foi a cabeça dos nossos gestores que ainda querem tratar o sistema penitenciário como se estivéssemos mexendo com ladrão de galinha”, criticou.

“O perfil do preso em Mato Grosso está mudando com os adventos das organizações criminosas. O que não mudou ainda foi a cabeça dos nossos gestores que ainda querem tratar o sistema penitenciário como se estivéssemos mexendo com ladrão de galinha”, criticou.

 

Segundo o presidente do Sindipen-MT, para perceber esse novo perfil, basta olhar para o que aconteceu na última terça-feira (13), feriado de Carnaval, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, onde bandidos invadiram o local fortemente armados, suspostamente resgatar o preso José Edmilson, que foi encaminhado para atendimento médico. No momento da ação houve troca de tiros o que resultou em cinco pessoas feridas.

 

“Nós também tivemos nos últimos meses algumas tentativas e fugas de reeducandos. Em Rosário Oeste, por exemplo, tivemos a fuga de seis presos. Na Penitenciária de Ferrugem [em Sinop] foram duas tentativas em menos de dois meses e um túnel foi aberto próximo à Penitenciária Central [em Cuiabá] para resgatar presidiários”, observou João Batista.

 

 

Durante a conversa, o presidente destaca ainda o déficit no número de agentes prisionais no Estado, além de apontar falhas teriam ocorrido no transporte do preso José Edmilson Filho até a UPA Morada do Ouro.