Servidores dos sistemas penitenciário e socioeducativo de Mato Grosso iniciaram ontem, por tempo indeterminado, um protesto em frente à sede da Secretaria de Estado de Gestão (Seges), que fica no Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá. Eles cobram do governo uma resposta sobre a progressão de classe de ambas as categorias que estão parados a seis meses. No próximo dia 04 de agosto, os agentes têm assembleia geral agendada e não descartam a possibilidade uma greve geral.
De acordo com o presidente do Sistema Penitenciário (Sindspen/MT), João Batista, o ato só deverá ter fim após o governo apresentar uma solução definitiva para o problema. Ele explica que desde do dia 17 de janeiro, com a publicação da lei complementar 585/17, os 2.960 agentes estão com seus processos de progressão parados e a situação está insustentável.
“Simplesmente, eles não sabem como aplicar essa lei. O processo está há mais de 30 dias na PGE (Procuradoria-Geral do Estado), que não responde. O que dá entender é que estão fazendo isso de forma deliberada e proposital para segurar as progressões dos servidores”, acredita Batista. “Em média, cada servidor que deixa de progredir está perdendo R$ 1 mil ao mês, o influencia na qualidade de vida”, acrescentou.
Batista afirma que os próximos dias serão de intensa mobilização pela garantia dos direitos dos trabalhadores. “Vamos montar acampamento e só sairemos após uma resposta concreta por parte do governo”, afiançou. Ele lembra que a categoria tem assembleia geral agendada para o dia 04 de agosto para deliberar quais ações serão tomadas quanto ao andamento das pautas de reivindicações, entre elas a questão das progressões, fardamento, entre outras.
Já no sistema socioeducativo são 700 servidores prejudicados. “Há dois meses já tinha ocorrido uma decisão dentro da Seges, mas o secretário decidiu pedir um parecer para PGE e, até então, estamos aguardando e não há qualquer previsão. Muitos colegas fazem planejamento do salário, que já é pequeno”, disse o presidente do sindicato que representa a categoria, Paulo César Souza. O piso da classe hoje é de aproximado R$ 3 mil. Até o início da tarde de ontem, a Seges não havia se manifestado sobre o movimento e a reivindicação das duas categorias. (JD)