Ataques aos recursos das facções

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Da Redação

O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, afirmou durante reunião de secretários com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, realizada em Brasília na terça-feira (17), que uma das formas para frear o poder dos grupos criminosos é minar os recursos financeiros das facções criminosas. 

Para ele, o Poder Público precisa mudar de postura no combate ao crime organizado, para que a crise no sistema prisional não parta dos muros das cadeias em direção ao cidadão, causando mais insegurança social. 

“Precisamos mudar esse cenário e começar a atacar as causas verdadeiras de tudo isso que vem acontecendo: o tráfico de drogas e de armas. Nós temos que desestabilizar as facções retirando os recursos financeiros. Temos que combater o tráfico de armas e drogas nas fronteiras. A atividade de inteligência tem que ser integrada. Temos que criar uma rede de inteligência. Acima de tudo, pontuei ao ministro, que é necessário o compartilhamento do banco de dados, envolvendo todas as instituições, não só os estados, mas a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal.”, disse Rogers. 

O encontro ocorreu em um momento de crise do sistema penitenciário no Brasil. As rebeliões já atingiram, até o momento, pelo menos cinco estados brasileiros – Amazonas, Roraima, Paraná, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. O Governo Federal montou um Plano Nacional de Segurança Pública, que está sendo aprimorado para receber a assinatura dos governadores. 

O ministro da Justiça concordou com o secretário e disse que o rastreamento do dinheiro das facções é importante. Ele disse que vai estender a rede LAB-RD (Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro), que é usado no combate aos crimes de corrupção para rastrear também o dinheiro do narcotráfico. 

“Temos que sufocar o dinheiro do tráfico, atacando o financiamento das facções criminosas”, disse. Jarbas comentou ainda que a União tem que aumentar os repasses aos estados que fazem fronteira com outros países para coibir a entrada de armas e drogas no país. 

Para o combate à crise penitenciária, o Ministério da Justiça estabeleceu alguns pontos que estão contidos no Plano Nacional de Segurança Pública, como o repasse imediato para os Estados de R$ 295,4 milhões, sendo R$ 147,6 milhões para bloqueadores de celular, R$ 70,5 milhões para scanners e R$ 77,5 milhões para tornozeleiras eletrônicas; atuação integrada para a rápida abertura de vagas com a construção de novos presídios ou novas alas em sistema modular; e a imediata instalação dos 27 núcleos de inteligência nos Estados e Distrito Federal, com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e agentes penitenciários. 

Fonte- Diário de Cuiabá.